Salvador Dali - A persistência da memória |
E me pedirão um poema sobre o calor...
Ando por caminhos cinzentos ,
negros solos asfálticos
da metrópole de pedra e concreto...
Instintivamente não respiro
porque não há ar suficiente...
Vejo pessoas fritando
e a natureza, de certa forma
em cima do muro, ops, sob
a linha do horizonte, magoada
murmurando:
tinha galhos, arrancaram-me as raízes,
tinha peixes de todas as cores
água cristalina correndo por meus leitos...
Tinha orquestra afinada
num concerto gratuito e cotidiano..
Mas agora em meu leito banham-se
pneus, carcaças, garrafas de todas as marcas!
E vossa sede tão alucinada
minha água tão poluída
não lhes servem de nada!!!!
Fritem bando de criaturas desalmadas!!!
negros solos asfálticos
da metrópole de pedra e concreto...
Instintivamente não respiro
porque não há ar suficiente...
Vejo pessoas fritando
e a natureza, de certa forma
em cima do muro, ops, sob
a linha do horizonte, magoada
murmurando:
tinha galhos, arrancaram-me as raízes,
tinha peixes de todas as cores
água cristalina correndo por meus leitos...
Tinha orquestra afinada
num concerto gratuito e cotidiano..
Mas agora em meu leito banham-se
pneus, carcaças, garrafas de todas as marcas!
E vossa sede tão alucinada
minha água tão poluída
não lhes servem de nada!!!!
Fritem bando de criaturas desalmadas!!!
Kelly Adriani Ferretti